sexta-feira, 22 de março de 2013

BIRRA. A gente vê por aqui...

Sim, eu sempre fui aquela pessoa que olhava torto pra crinaça fazendo birra no meio da rua ou onde quer que fosse. E, claro, o Pedro já nasceu birrento. Era um tal de não poder colocá-lo em determinada posição que ele já se esticava, como quem diz: "Me deixa! Eu quero desse jeito!". Às vezes, jogava o pescoço com uma força que nem parecia um bebê de dois meses. E eu pensando: "E agora? Puxou meu gênio forte? Aaah, não creio!".
O tempo passou e as coisas só pioravam. Sim, pioravam. Até que ele começou a entender o que dizíamos e obedecer um "NÃO", "não faça", "não pode". Enfim... Era até muito bonitinho e eu me orgulhava de estar na rua ou na casa de alguém e saber que ele obedeceria na maioria dos casos. Mas a gente tem que aprender que tudo nessa nova vida são fases. E, pra nossa enorme tristeza, a fase da birra chegou. E chegou com tudo! 
Os primeiro "chiliques" aconteciam  na rua, quando não se pode nem pensar em fazer certaz vontades de criança. Sair de brinquedos em parquinhos hoje é um Deus nos acuda, parece que ele vai chorar pra sempre. E é aquele choro escandaloso e falso, sabe? Que chega a dar raiva. O pior é que a gente sabe que ele entende, mas não adianta, quanto mais tentamos explicar que uma hora tem que acabar, maior é a confusão.E você faz o quê? Sei lá! A vontade que dá quando acontecem essas birras em público é de cavar um buraco ali mesmo e se enterrar... Afinal de contas, é feio e as pessoas não entendem, nem eu mesma entendo.
Como se não bastasse a birra na rua, essa semana começou uma birra em casa. Estou tentando acreditar que é irritação de garganta inflamada, tosse e dentes nascendo. Estou tentando... E tentando ser paciente também, mas, olha, não é fácil. Já li que é normal isso acontecer perto dos dois anos e que passa, ou seja, mais uma fase. Mas que fase difícil, viu? Basta não fazer uma das vontades de Pedro pra começar aquele choro chato que mais parece uma sirene de ambulância num volume absurdo. Muitas vezes me pego cedendo aos caprichos dele só pra não ter que ouvir a "sirene" mais uma vez. E agora? Como lidar?

Espero que não demore a passar...
 

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